terça-feira, 21 de abril de 2015

Tornado registrado em Xanxerê,
 Santa Catarina


  

  Por volta das 14h50min (Brasília) desta segunda-feira (20), um forte tornado atingiu a cidade de Xanxerê, no oeste catarinense. Segundo meteorologistas o tornado pode ser classificado na categoria F2, com ventos estimados entre 182 e 252 km/h. Essa classificação se da na escala Fujita, que mede o nível de estragos e não o tamanho do tornado.


  A escala Fujita (ou Fujita-Pearson Tornado Intensity Scale) é a escala que mede a intensidade dos tornados, batizada com este nome em homenagem ao falecido cientista de tornados, Dr. Ted Fujita da Universidade de Chicago. Os tornados são medidos pela quantia de estrago que eles causam, e não pelo seu tamanho físico. É importante lembrar que o tamanho de um tornado não é necessariamente uma indicação de sua ferocidade. Tornados grandes podem ser fracos, e tornados pequenos podem ser violentos.


  A célula de temporal foi registrada pelo radar do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), sendo aferida alta taxa de refletividade e um formato parecido com o de uma vírgula, que é característico de um tornado registrado pelos radares meteorológicos. A estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) de Xanxerê, registou rajada máxima de 83,8 km/h, mas vale ressaltar que a estação não se localiza no perímetro urbano e não ficou na rota do tornado, portanto, essa não foi a velocidade máxima do vento nos locais atingidos.

    (Crédito da imagem: Reprodução/ SIMPEAR)

   (Crédito da imagem: Reprodução/ INPE)



  A defesa civil confirmou o tornado em sua página oficial apenas na noite desta segunda-feira, apesar dos registros amadores da população, onde fica claro e evidente a nuvem funil que toca o solo. Segundo a mesma, pelo menos 7 bairros foram atingidos, onde 40% a 50% do perímetro urbano foi devastado. Aproximadamente 120 pessoas ficaram feridas, sendo 15 em estado grave e 2 vítimas fatais até o momento.

  Bombeiros e a polícia militar local informaram na manhã desta terça-feira que mil pessoas ficaram desabrigadas, 2,6 mil casas foram danificadas e 200 mil unidades consumidoras ficaram sem energia na região devido a queda de torres de energia.


  Segundo registros e relatos, carros foram arremessados, caminhões foram jogados, postes de energia elétrica caíram, casas foram completamente destruídas, árvores foram arrancadas pela raiz e a cobertura do ginásio municipal de esportes não aguentou a força dos ventos e desabou.



























    (Créditos das imagens: Fernando Zimmermam - Flávio Carvalho - esquadrão Arcanjo do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina - Sirli Freitas)  

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